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Comunidades cultivam viveiros com espécies nativas para recuperação de áreas degradadas no Pantanal em MT

Fonte: G1 MT

21 de ago. de 2021

A ideia também é gerar renda para as famílias pantaneiras. Mais de 10 devem participar do projeto.

Um projeto para a recuperação de áreas degradas pelo fogo no Pantanal mato-grossense teve incentiva as comunidades de Poconé e Barão de Melgaço a cultivarem espécies nativas para comercialização, fortalecendo a renda de famílias pantaneiras.


O “Aquarela Pantanal - Viveiros de mudas e sementes pantaneiras” teve início, nesta semana, em Poconé, com a produção das mudas.

A iniciativa do Polo Socioambiental Sesc Pantanal é inédita e tem com base três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

De acordo com o Sesc, o desenvolvimento dos viveiros será nas comunidades Capão do Angico (Poconé) e em São Pedro de Joselândia (Barão de Melgaço) durante 10 meses e envolve a capacitação de pessoas no trato com o plantio, produção de mudas, coleta de sementes e início da comercialização.



Produção

Neste período, cada viveiro deverá produzir cerca de 40 mil mudas. Das 80 mil, no total, metade será adquirida pelo Polo para a recuperação da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. Localizada em Barão de Melgaço, a reserva foi uma das áreas atingidas pelos incêndios de 2020.


As mudas, segundo os organizadores do projeto, também estarão disponíveis para fazendas, parques e outras áreas privadas e públicas no Pantanal que tenham interesse em restaurar áreas.


O cultivo e comercialização devem envolver cerca de 10 famílias.


Além das famílias já escolhidas, a oportunidade também beneficia outras pessoas da comunidade que queiram fazer a coleta de sementes.



Capacitação

Para o início da capacitação, com duração de cinco dias, as famílias receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), avental de plástico, bota de couro, bota de plástico, óculos de proteção e luvas.


De acordo com o técnico florestal Elinaldo de Souza, responsável pela formação, as famílias aprenderam sobre a parte burocrática do registro do viveiro, bem como a coleta de semente, beneficiamento, armazenamento, processo em si de produção de mudas, como produzir e como formar o substrato composto.


“O trabalho aqui seguirá a linha mais natural, evitando os químicos. Ou seja, utilizando recursos que eles já têm disponível. Os viveiros exigem um nível de cuidado como qualquer atividade, mas com a capacitação, a comunidade pode fazer a gestão desse viveiro, ampliando possibilidades de plantio, inclusive”, explicou.

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