top of page

Projeto ajuda a recuperar vegetação devastada no Pantanal com ajuda da população

Fonte: Jornal Nacional

15 de mar. de 2022

Em 2020, o bioma sofreu o maior incêndio em 50 anos e, desde 2021, o “Aquarela Pantanal” cultiva plantas nativas. As famílias envolvidas recebem bolsa-auxílio e orientações para coleta de sementes, manejo, plantio e comercialização de mudas.

Em 2020, o Pantanal sofreu uma das maiores queimadas da história. Agora, um projeto pretende recuperar parte da vegetação devastada.


Dona Natalícia dedica parte do dia à nova atividade. Ela faz parte do grupo de pantaneiros selecionados para o cultivo de plantas nativas do projeto “Aquarela Pantanal”.


“Limpar os canteiros, cuidar, ver se não tem insetos... Estamos sempre atentos, cuidando”, detalha.

“Ele é um projeto inédito porque consiste em produção de mudas do bioma pantaneiro. São espécies que não se encontram em grande escala no mercado”, ressalta o técnico florestal Elinaldo Fernandes de Sousa.

O projeto foi implantado em abril de 2021 em duas comunidades tradicionais pantaneiras. As famílias envolvidas recebem bolsa-auxílio e orientações para coleta de sementes, manejo, plantio e comercialização de mudas.


O projeto criado pela iniciativa privada com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso e instituições parcerias surgiu de uma necessidade: em 2020, o Pantanal sofreu o maior incêndio dos últimos 50 anos.


A maior reserva particular do patrimônio natural do país, que fica em Poconé com 108 mil hectares, teve 93% da área destruída. Lá, estão sendo plantadas 40 mil mudas nativas.


“Como o fogo foi muito intenso, o que pode acontecer é que algumas espécies acabem não conseguindo renascer. Aí a gente tem um processo que espécies que são mais invasoras, que crescem mais rápido, dominarem o território”, destaca Cristiane Caetano, superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal.

“A gente já está com outros contatos para fazendas próximas, beira do rio também, pessoal que faz o reflorestamento. Então, a gente já está com esse processo de negociação de próximas etapas de mudas para comercializar com eles”, afirma a dona de casa Mirian Maria da Rosa Amorim.

As famílias participam de todas as etapas de produção, e sabem o quanto esse trabalho é importante.


“Eu penso que, se a gente não fizer alguma coisa de imediato para recuperar e para conservar, preservar o nosso Pantanal, no futuro, os nossos filhos, netos, bisnetos não vão ter essa beleza que temos hoje. Precisamos cuidar”, reforça Rita de Cássia Lemes de Oliveira, integrante da associação e do “Aquarela Pantanal”.

bottom of page