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Projeto de viveiros com espécies nativas tem início em Poconé para recuperação de áreas degradadas no Pantanal

Projeto de viveiros com espécies nativas tem início em Poconé para recuperação de áreas degradadas no Pantanal

O projeto “Aquarela Pantanal - Viveiros de mudas e sementes pantaneiras” teve início no município de Poconé (MT) para recuperação de áreas degradas no Pantanal. A iniciativa do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, a Wetlands International e a Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal) é inédita e envolve as comunidades de Poconé e Barão de Melgaço, que irão cultivar espécies nativas para comercialização, fortalecendo a renda de famílias pantaneiras. O projeto, portanto, é realizado com os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

O desenvolvimento dos viveiros ocorrerá nas comunidades Capão do Angico (Poconé) e em São Pedro de Joselândia (Barão de Melgaço) durante 10 meses e envolve a capacitação de pessoas no trato com o plantio, realizado nesta semana, a produção de mudas, a coleta de sementes e início da comercialização. Neste período, cada viveiro deverá produzir cerca de 40 mil mudas. Das 80 mil, no total, metade será adquirida pelo Polo para a recuperação da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. Localizada em Barão de Melgaço, a reserva foi uma das áreas atingidas pelos incêndios de 2020.

A criação dos viveiros está ligada ao projeto principal para “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal – Mupan RPPN Sesc”. Com a criação dos viveiros, será possível oferecer mudas de boa qualidade para a regeneração das matas ciliares e a reestruturação de ecossistemas e áreas degradadas na reserva.

De acordo com a superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Christiane Caetano, as mudas também estarão disponíveis para fazendas, parques e outras áreas privadas e públicas no Pantanal que tenham interesse em restaurar áreas.

“Este projeto é muito importante para o Pantanal como um todo por juntar questões sociais, ambientais e econômicas. Com a escolha das 10 famílias, o trabalho é feito de maneira colaborativa, envolvendo as pessoas desde o início do projeto. Além das famílias já escolhidas, a oportunidade também beneficia outras pessoas da comunidade que queiram fazer a coleta de sementes. Isso dá o sentimento de pertencimento a algo que tem um grande potencial”, declara. Ela destaca, ainda, a possibilidade de perpetuação dessas espécies, já que, diante dos incêndios e interferência humana, muitas vão desaparecendo.

CAPACITAÇÃO

Para o início da capacitação, com duração de cinco dias, as famílias receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), avental de plástico, bota de couro, bota de plástico, óculos de proteção e luvas. De acordo com o técnico florestal Elinaldo de Souza, responsável pela formação, as famílias aprenderam sobre a parte burocrática do registro do viveiro, bem como a coleta de semente, beneficiamento, armazenamento, processo em si de produção de mudas, como produzir e como formar o substrato composto.

“O trabalho aqui seguirá a linha mais natural, evitando os químicos. Ou seja, utilizando recursos que eles já têm disponível. Os viveiros exigem um nível de cuidado como qualquer atividade, mas com a capacitação, a comunidade pode fazer a gestão desse viveiro, ampliando possibilidades de plantio, inclusive”, explica.

O prefeito de Poconé, Tatá Amaral, participou da abertura da formação no Capão do Angico e considera o projeto de grande importância para a comunidade e para ao Pantanal. “Além de dar renda para as famílias, vai servir para poder recuperar o Pantanal em virtude do grande incêndio que tivemos em 2020. Então é de grande valia e o Sesc Pantanal está de parabéns pela iniciativa. A prefeitura sempre estará de portas abertas para poder abraçar essas parcerias que são tão importantes” conclui.

Moradora da comunidade, Rita de Cassia Lemes de Oliveira comemora o desenvolvimento de mais um projeto, em parceria com o Sesc Pantanal, para agregar na renda das famílias envolvidas. “Além disso, vamos contribuir para recuperação das áreas no Pantanal. Somos gratos pela oportunidade, pois o povo dessa comunidade anseia por dias melhores e, com o Sesc Pantanal, estamos tentando crescer, avançar e ter mais qualidade de vida”, completa.

Fonte: Sesc Pantanal

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